Arte
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A Bailarina II, de Joan Miró
por Patrícia Fraga Paiva
Coordenadora de Extensão da AAC
A pintura Dancer ou Ballerina II (1925) é de uma sensibilidade e poesia tocante até em quem não é muito do universo das artes. A impressão de movimento dada pela linha ondulada, a direção da dança pela linha ininterrupta e o corpo da dançarina que é o próprio amor pela dança. No centro, um coração vermelho, em seu formato universal, talvez o primeiro desenho que uma criança aprende a fazer, chama a atenção do nosso olhar e nos remete às nossas questões individuais, mas principalmente à vida, ao amor e à paixão (Surrealismo. 88.5 x 115.5 cm. Galerie Rosengart, Lucerne, Suíça).
O Surrealismo, termo de Breton (1924) é uma crítica ao racionalismo, que transcende o real a partir do impulso irracional, psíquico, relacionando-se inclusive com o inconsciente a partir do texto psicanalítico de Freud. Explorando o imaginário das artes, os impulsos ocultos da mente, a transcrição do inconsciente para o concreto, o palpável.
O Surrealismo, termo de Breton (1924) é uma crítica ao racionalismo, que transcende o real a partir do impulso irracional, psíquico, relacionando-se inclusive com o inconsciente a partir do texto psicanalítico de Freud. Explorando o imaginário das artes, os impulsos ocultos da mente, a transcrição do inconsciente para o concreto, o palpável.
Joan Miró nasceu em Barcelona (1893), mas a maioria das paisagens retradas em sua obra são registros emocionais de Mont-roig, na região da Catalunha, Paris, Nova York e Japão. A pequena cidade de Mont-Roig se contrapunha à convivência com os poetas surrealistas da década de 1920, e mais tarde (1940), em Nova York, com o expressionismo. Sua conexão com a terra e seu interesse por objetos cotidianos e pela natureza foram inspiração constante em suas pesquisas técnicas e formais. Miró evitou o academicismo, sendo caracterizado por sua busca pela arte pura e global, que não pertencesse a nenhum movimento específico. A arte certamente foi o meio encontrado pelo artista para demonstrar rebeldia e sensibilidade aos eventos políticos e sociais que aconteciam ao seu redor, levando a criar uma linguagem única para sua obra.