Notícia
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão: Novidades e Atualizações
por Jonathan Augusto Venceslau Lima
Coordenador de Ensino da AAC
Em 2016, a Sociedade Brasileira de Cardiologia disponibilizou via online as novas diretrizes sobre Hipertensão Arterial Sistêmica e, é claro, houve algumas atualizações em relação ao guideline anterior, de 2010.
Uma das mudanças foi em relação à estratificação de risco cardiovascular: independente dos valores de pressão arterial, pacientes com diabetes melitus e lesões em órgão-alvo são considerados de alto risco cardiovascular.
Novos fatores de risco também foram incluídos/atualizados:
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obesidade (IMC≥30kg/m2 e/ou circunferência abdominal ≥102cm nos homens ou ≥88cm nas mulheres);
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resistência à insulina (glicemia plasmática em jejum: 100-125 mg/dl; teste oral de tolerância à glicose: 140-199 mg/dl em 2 horas);
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hemoglobina glicada: 5,7 – 6,4%
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LDL >115mg/dl (diretriz anterior preconizava >110mg/dl como fator de risco).
Quanto à alimentação, fecharam em 2g de sódio por dia. Antes, usava-se um limite de 5g de cloreto de sódio que acabava dando margem a dúvidas, considerando que o cloreto de sódio com 5g contenha 2g de sódio.
Sobre os medicamentos utilizados, beta-bloqueadores, que antes se enquadravam na condição de medicamentos de primeira linha para o tratamento da hipertensão, agora são reservados para situações especiais. A justificativa de alguns estudos em que a Diretriz se baseou foi que essa classe de medicamentos teria eficácia inferior do que, por exemplo, os diuréticos, bloqueadores de canais de cálcio e bloqueadores dos receptores de angiotensina.
Além disso, nova diretriz preconiza as seguintes metas terapêuticas, independentemente da idade:
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hipertensos estágios 1 e 2, com risco CV baixo e moderado e HAS estágio 3: <140/90 mmHg (IA)
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hipertensos com risco CV alto: <130/80 mmHg (IA; exceto na população com DM: IIbB)
Para saber mais sobre a 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão, não deixe de conferir a versão completa:
http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf