Biografia
Dr. José Carlos Pachón Mateos
por Gustavo Adolfo Kuriyama Massari
Coordenador de Mídia da AAC
Filho de uma família de três irmãos médicos, Pachón também é pai de três filhos médicos. “Digo que quando eles se formaram em medicina eu realmente me reproduzi”, diz. Para ele, que entende a medicina como um estilo de vida, esta era a área que mais abrangia física, química e biologia, suas paixões. Por isso, além das cirurgias e do tempo que passa em seu consultório, em Moema, ele comanda uma equipe de cientistas em seu laboratório no Dante Pazzanese. É do cruzamento dessas frentes que surgem as técnicas de sua autoria que vêm se tornando referência no mundo.
Possui graduação em Medicina pela Faculdade Federal de Medicina do Triângulo Mineiro (1978) e doutorado em Cardiologia pela Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é médico-chefe do Serviço de Marcapasso do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, diretor do Serviço de Eletrofisiologia Marcapasso e Arritmias do Hospital do Coração, médico chefe - Serviço de Eletrofisiologia Marcapassos e Arritmias Dr Pachón e médico responsável pelo serviço de arritmias do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Arritmias Cardíacas, Marcapasso Cardíaco, Desfibrilador e Eletrofisiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: arritmia, eletrofisiologia, marcapassos, ressincronizadores e desfibriladores cardíacos.
Em São Paulo desde 1979, o mineiro de Uberaba é hoje o diretor do Serviço de Arritmia do HCor e também o responsável pelo Setor de Estimulação Cardíaca Artificial do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Fora do Brasil, ele é conhecido como o médico responsável por criar técnicas capazes de curar arritmias graves com métodos pouco invasivos, que devolvem o paciente à vida normal com apenas três dias de repouso, em média. Antes dele, era preciso abrir o peito e o tórax dos doentes, que levavam meses para voltar à rotina.
Uma de suas criações é a estimulação cardíaca pelo esôfago, técnica celebrada em congressos europeus e que hoje é amplamente usada na França. Por meio dela, é possível curar uma arritmia, com o uso de uma pequena e finíssima sonda que chega ao ponto entrando pela perna do paciente. Outra, a “estimulação ventricular bifocal”, que como sugere o nome estimula os ventrículos em dois pontos diferentes, foi recentemente experimentada em Taiwan. Mais duas técnicas para o tratamento da fibrilação atrial, da síncope vagal maligna, que causa desmaios e apagões inesperados, foram apresentadas e começam a ser usadas em diferentes partes do planeta. Todas têm a mesma característica, são menos invasivas e altamente avançadas.
Graças ao trabalho desse médico, fica cada vez mais distante a necessidade de abrir o peito e o tórax do paciente – a maioria dos males é tratada com um catéter que chega ao ponto com o auxílio de computadores. Atualmente, o grande aliado de sua equipe é um computador que permite ver o coração em 3D por dentro e batendo, para checar onde estão as arritmias.