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Notícia

Infecção respiratória pode aumentar 17x o risco de infarto

por Gustavo Adolfo Kuriyama Massari  

Coordenador de Mídia da AAC

Sabemos o quão importante é a relação das infecções de vias aéreas relacionados com a cardiologia no que tange à febre reumática e afins, entretanto, estudos mais recentes estão correlacionando a infecção respiratória com o risco de eventos de síndrome coronariana aguda.

Certas patologias como pneumonia, bronquite e gripe podem ser responsáveis por complicações cardíacas. Segundo o risco de ter um infarto aumenta em até 17 vezes depois de um quadro de infecção respiratória.

Pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, analisaram 578 pessoas que haviam sido hospitalizados por conta de um infarto. Os pacientes foram questionados se antes do ocorrido tiveram sintomas clássicos de infecções respiratórias, além de pacientes com infecções no trato respiratório, incluindo gripe, faringite, rinite e sinusite também foram avaliados.

 

Os resultados revelaram que 17% dos voluntários da pesquisa relataram sintomas de infecção respiratória dentro de uma semana antes do infarto e 21% descreveram sintomas por volta de 31 dias antes. Segundo os cientistas, o risco de infarto foi 17 vezes maior em casos de infecção respiratória. Já infecções menos graves do trato respiratório superior, que afetam as vias aéreas, nariz e garganta, aumentou o risco em até 13,5 vezes.

O estudo revelou ainda que o aumento na probabilidade de infarto não acontece necessariamente no início dos sintomas da infecção respiratória, mas atinge picos nos primeiros sete dias e vai reduzindo gradualmente, ao longo de um mês.

As possíveis razões pelas quais a infecção respiratória pode desencadear um ataque cardíaco incluem o aumento da coagulação sanguínea, inflamação, alterações no fluxo sanguíneo e a presença de toxinas que danificam os vasos.

 

Apesar do risco absoluto ser baixo, as pessoas precisam estar cientes de que uma infecção respiratória pode ocasionar um infarto. O importante é considerar estratégias preventivas onde for possível e não ignorar os sintomas que podem indicar um infarto e a partir daí, o próximo passo é identificar estratégias de tratamento, especialmente em indivíduos que podem ter maior suscetibilidade.

Partindo da importância das infecções respiratória, outros estudos relacionados à área cardíaca estão sendo desenvolvidos e alguns já foram publicados como por exemplo a relação da proteína C Reativa no Pré-operatória predizem do infecção respiratória após cirurgia de revascularização miocárdica, envolvendo pior prognóstico no pós-operatório.

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