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Música

Os impactos dos sons no cérebro

por Maykon Wanderley Leite Alves da Silva

Secretário/Tesoureiro da AAC

Não é novidade que a exposição do ser humano a altos sons afeta diversos sistemas do corpo, a partir do estresse e da irritabilidade, por exemplo. Em 2012, um estudo, dirigido pela pesquisadora Laura Guelman e publicado na Revista Brain Research, mostrou o acometimento do cérebro pelas alterações morfológicas do intenso som.

 

O trabalho apontou, ainda, que uma criança pode ter um dano cerebral pior em uma única exposição ao som alto do que a um som prolongado. Isso foi o que ocorreu com uma experiência em ratos. Um grupo recebeu duas horas de ruído em uma única vez, enquanto outro grupo recebeu duas horas a cada dia, durante duas semanas. O resultado explicitou que o primeiro grupo, exposto uma única vez, obteve dano cerebral mais incidente.

Contudo, nem sempre a música pode ser tida como a vilã da história. Pesquisas apontam as diversas e peculiares reações humanas com os estímulos musicais, haja vista que estes, como atividade neuropsicológica, necessitam da funcionalidade de diversas áreas cerebrais, como a auditiva, a motora, cognitiva e a emocional. Nesse panorama, a musicoterapia é utilizada como tratamento em paciente com Alzheimer, com um amplo espectro, uma vez que a música provoca liberação de substâncias cerebrais responsáveis por melhorar o humor, reduzir agressividade, além de ser influente na melhora do sono, do estado depressivo e na melhoria da memória – já que há uma ativação das vias dopaminérgicas, da excitação e da conectividade neuronal.

 

Com tudo isso, percebe-se os variados efeitos da música para o dia a dia das pessoas, pois, caso não seja ouvida de forma adequada, pode causar efeitos irreparáveis. Dessarte, ouça música, mas com moderação!

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