Homenagem
29 de Setembro - Dia Mundial do Coração
Para homenagear o Dia Mundial do Coração de 2017, a Diretoria Fundadora da AAC, apresenta 19 DICAS DO QUE FAZ BEM AO CORAÇÃO.
1. EMOÇÕES POSITIVAS
Eu, Camylla Santos de Souza, Presidente Fundadora da AAC, acredito que EMOÇÕES POSITIVAS faz bem ao coração.
Por quê?
Já está cientificamente comprovado que ter mais emoções positivas, como otimismo, alegria, satisfação, fé e espiritualidade, ajuda a prevenir doenças físicas e mentais, diminuindo inclusive o risco de desenvolver cardiopatias.
As pesquisas estão evoluindo e até já foi criado o termo psiconeuroimunologia para definir o ramo que estuda as relações entre as emoções, o sistema nervoso e as funções orgânicas, como a imunidade.
De modo geral, os sentimentos podem exercer influência sobre o colesterol, o metabolismo, as doenças coronárias, a hipertensão, os problemas gástricos e de pele, o sistema imunológico e as produções hormonais.
Estudos vêm demonstrando que cultivar emoções positivas afasta os sintomas de stress, ansiedade e depressão, principalmente, por meio da regulação do eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal; do aumento da variabilidade da frequência cardíaca; da normalização da função plaquetária; da diminuição do sedentarismo; do aumento da taxa de metabolismo; e da maior facilidade em aderir a tratamentos médicos.
Enfim, quando as pessoas acrescentam atividades mais prazerosas em suas rotinas, isso faz bem tanto para a saúde mental como para a saúde do coração.
2. DANÇAR
Eu, Caroline Sbardellotto Cagliari, Vice-presidente da AAC, acredito que DANÇAR faz bem ao coração.
Por quê?
Dançar faz bem ao coração. A frase é muito conhecida por grande parte da população, não por acaso. A dança permite a movimentação e a expressão corporal, utilizando diversos músculos do corpo e dessa forma também estimulando a circulação sanguínea e o correto funcionamento cardíaco, além de melhorar a capacidade pulmonar, promovendo uma vida saudável. Dançar aumenta a massa magra corporal, reduzindo os níveis de colesterol LDL (ruim) e aumentando os de HDL (bom), auxiliando a saúde cardíaca. Além disso, a dança permite um meio de socialização, construindo amizades e trazendo alegria e momentos agradáveis, afastando assim a depressão e reduzindo a ansiedade, importantes desencadeantes do estresse, inimigo do coração.
Na realidade, nunca ficamos sem dançar, nem ao dormir, pois o coração dança em estilo único e sem parar! Combinando ritmo e batida, o coração apresenta a vida. Alguns corações podem até perder o ritmo e errar algum passo, mas com ajuda (às vezes medicamentosa e cirúrgica), retoma sua dança!
Estudos estão sendo realizados à fim de comprovar o benefício da dança sobre a saúde cardíaca, sejam as pessoas saudáveis, ou sejam essas portadoras de doenças cardíacas, com idade avançada ou ambas. Um estudo de duas Universidades de Sydney, publicado no Jornal Americano de Medicina Preventiva em 2016, com mais de 48 mil pessoas, demonstrou que em indivíduos acima de 40 anos, um hábito incluindo dança de moderada intensidade está relacionado a risco 46% menor de morte por etiologia cardiovascular em comparação à população não praticante de dança, com benefício principalmente em mulheres. Ambos os estudos foram os primeiros a traçar o impacto da dança na mortalidade por doença cardíaca, trazendo ênfase a esse vantajoso hábito para o coração. (Link do estudo: http://www.ajpmonline.org/article/S0749-3797(16)00030-1/abstract)
Mas e os corações que estão cansados e querem parar de dançar? A dança também é benéfica a cardiopatas e idosos. Destacando a população acima de 60 anos, a dança reduz de forma significativa os riscos de doença cardiovascular e estimula a atividade física regular, uma vez que apresenta diversas opções, variando em modalidades e intensidades, agradando diferentes preferências e podendo ser praticada em todas as idades (inclusive, turmas de dança podem englobar desde crianças até idosos em uma mesma aula).
Proporciona assim momentos lúdicos, interativos e divertidos, o que possibilita uma melhor assiduidade em todas as idades quando comparada com outros tipos de exercício, inclusive no que tange programas de reabilitação cardiovascular em portadores de insuficiência cardíaca, melhorando além da aderência, a terapia, a qualidade de vida e os resultados, como o valor de VO2 máximo desses pacientes Ainda, tem benefícios não apenas ao coração, mas também ao cérebro e ao sistema musculoesquelético, sendo atrativa possibilidade de exercício na população longeva.
A AAC convida a todos para dançar com o coração!
Conheça a Dance for Stroke Awareness
3. ATIVIDADE FÍSICA
Eu, Yngrid Souza Luz, 1ª Secretária/Tesoureira da AAC, acredito que ATIVIDADE FÍSICA faz bem ao coração.
Por quê?
A prática regular da atividade física reduz os riscos de doenças cardíacas. Ao deixar de lado o sedentarismo, fator de risco para doenças cardíacas, o indivíduo passa a ter menor chance de desenvolver doenças do coração, como o infarto.
Além do qual, a prática de atividade física auxilia no controle de várias doenças crônicas, como hipertensão, dislipidemia, diabetes, osteoporose. Melhora o estresse com a liberação de endorfina, hormônio responsável pelo bem – estar, aumentando a disposição para a pratica de outras atividades.
De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde seria possível evitar 260 mil mortes por ano se toda a população brasileira realizasse, pelo menos, 30 minutos de atividade física, acompanhada por uma boa alimentação.
É cada vez mais comum observarmos um grande número de pessoas se exercitando em academias, clubes, parques e praças públicas. O incentivo a prática de atividade física vem sendo empregado com muita frequência por diversas mídias e campanhas governamentais.
O coração de uma pessoa que pratica atividade física tem um comportamento melhor do que uma pessoa sedentária, incentivando esta atitude.
4. ESPIRITUALIDADE
Eu, Vitória Mikaelly da Silva Gomes, 2ª Secretária/Tesoureira da AAC, acredito que ESPIRITUALIDADE faz bem ao coração.
Por quê?
Segundo Aurélio Buarque de Holanda, espiritualidade é definida como a qualidade daquele que é espiritual. Eu diria que praticar a espiritualidade é buscar um significado para a vida através de conceitos que vão além do tangível. É procurar sentido e conexão com algo que é considerado maior que nós. E tudo isso independe de uma vivência religiosa, de estar ligado à um templo cristão, budista, espírita, hindu ou outro qualquer. Espiritualidade é um modo de viver que envolve a busca em alcançar a plenitude da sua relação com o transcendental.
Essa crença no transcendental está em geral ligada a menos emoções negativas e mais apoio social, otimismo, esperança, generosidade, perdão e gratidão. Entender a existência humana com um significado além do que é visível, repito, dentro ou fora de qualquer religião, leva-nos a enfrentar melhor as adversidades e tudo isso faz muito bem ao coração.
Hummer et al. já demonstrava em 1999 a redução de mortalidade por doenças cardiovasculares relacionada a prática da espiritualidade. O maior controle da ansiedade, estresse e a adoção de hábitos mais saudáveis nessa população a torna um fator protetor contra doenças cardiovasculares.
No fim das contas, se o contato com o que é intangível nos torna mais leves, traz emoções positivas e nos ajuda a carregar os pesos que a vida nos traz, o melhor mesmo é investir nisso. Mudar a maneira como nos relacionamos com o mundo faz o nosso coração bater melhor. Em favor de um coração mais saudável e “feliz”, vale à pena praticar a espiritualidade e encontrar algum sentido nessa bagunça louca que é a vida.
5. NÃO FUMAR
Eu, Maykon Wanderley Leite Alves da Silva, 3º Secretário/Tesoureiro da AAC, acredito que NÃO FUMAR faz bem ao coração.
Por quê?
Você já parou para pensar os diversos efeitos do cigarro na vida de um indivíduo?
Fumar envelhece as pessoas. Os dentes ficam amarelados e a pele humana apresenta tonalidade menos rosada, além o aparecimento de rugas e do mau hálito - até mesmo as relações sexuais são prejudicadas, haja vista que a disfunção erétil e a diminuição da fertilidade são uma consequência recorrente do tabagismo.
Nesse sentido, soma-se não somente a problemática relacionada à expectativa de vida com diminuição de 10 anos, mas também ao surgimento de diversas patologias, como o câncer de pulmão. Dessa forma, nunca é tarde para a realização de uma reflexão acerca dos perigos do tabagismo e a remediação causará impactos benéficos para vida do paciente, que terá mais anos de vida com uma sociabilidade aumentada nos tempos modernos.
6. NÃO SE ESTRESSAR
Eu, Gustavo Adolfo Kuriyama Massari, Coordenador de Mídia da AAC, acredito que NÃO SE ESTRESSAR faz bem ao coração.
Por quê?
Quando nos estressamos o nosso organismo promove uma série de adaptações momentâneas para lidar com esse impacto que estamos sujeitos diariamente. Estudos mostram que ocorrem alterações celulares e hormonais que estão diretamente associadas ao aumento de pressão e demais doenças cardiovasculares além de outras patologias, como os cânceres.
Mas o que ocorre exatamente? Nas situações de estresse o corpo libera dois hormônios, a adrenalina e o cortisol. Como resposta aos dois hormônios as plaquetas se agregam, as células imunológicas são ativadas, o açúcar do sangue vai para os músculos para lhes proporcionar energia, a respiração e a frequência cardíaca aumentam e a pressão arterial sobe. O cortisol de início mantém a resposta ao estresse e depois lentamente vai diminuindo até o organismo voltar à função normal. Quando a situação estressante persiste, a reação também persiste e pode tornar-se prejudicial em vez de benéfica como no início, podendo causar até em um Ataque Cardíaco (Infarto Agudo do Miocárdio).
Portanto, por mais estressante que seja o nosso dia a dia, tentemos levar a vida com mais paciência e calma evitando que tenhamos mais problemas além daqueles que já estão nos estressando.
Cuide da sua vida, cuide de seu coração!
7. DORMIR
Eu, José Mateus Souza Ribeiro, Coordenador de Mídia da AAC, acredito que DORMIR faz bem ao coração.
Por quê?
Existem, a rigor, 5 fases do sono: os estágios 1, 2 3 e 4, e o sono REM. Durante as 4 primeiras fases, o descanso e o relaxamento do corpo são progressivamente alcançados, com estase de movimentos oculares e estabelecimento de ondas lentas cerebrais. O sono REM, do inglês Rapid Eye Movement, é relacionado com movimentos oculares, aumento da frequência cardíaca e pressão arterial, e relaxamento dos músculos esqueléticos.
Um estudo desenvolvido na Universidade de Wageningen e do Instituto Nacional de Saúde Pública e Meio Ambiente da Holanda buscou uma relação entre hábitos de vida saudáveis (boa alimentação, não uso de álcool e tabaco, exercícios físicos regulares), doenças cardiovasculares e um ciclo sono-virgília regular. Foi visto que pessoas que possuíam bons hábitos vida, incluindo sono regular, tinham uma chance menor de desenvolver doenças cardiovasculares do que indivíduos com hábitos de vida adequados, mas que não possuíam um ciclo sono-virgília satisfatório.
Além disso, é importante salientar o tempo ideal de sono de acordo com a faixa etária. Crianças, por exemplo, possuem uma produção hormonal ativa, o que demanda um tempo maior de sono – geralmente de 8 a 10 horas diárias. Já os idosos, por sua vez, costumam ter um período de sono entre 5 e 6 horas por dia, o que pode estar relacionado com a adequação metabólica em relação ao relógio biológico, ou à presença de mais intercorrências no período do sono do que na vida adulta, como doenças que resultem em eventos miccionais durante a noite. Apesar disso, a quantidade ideal de horas de sono para cada pessoa costuma ser algo individual – cada qual com seu próprio relógio biológico. O mais importante é ter numa boa noite sono, uma ferramenta de construção de uma rotina saudável e, assim, prevenir diversas doenças!
8. HIGIENE BUCAL
Eu, Juliane Lobato Flores, Coordenadora de Mídia da AAC, acredito que HIGIENE BUCAL faz bem ao coração.
Por quê?
Os cuidados com a higiene bucal vão muito além de um belo sorriso e de um hálito fresco. Muitos não sabem, mas há diversas pesquisas que mostram a ligação de uma má higiene bucal com doenças do coração. As precárias condições de higiene bucal podem favorecer a presença de micro-organismos responsáveis por doenças, como carie dentária, além de outras afecções da gengiva, bochechas, língua, palato e toda mucosa oral.
Estes micro-organismos podem atingir regiões mais profundas com formação de abcessos e consequente migração vascular, podendo levar a infecção de tecidos do coração (endocárdio). Assim se forma a endocardite infecciosa, capaz de danificar estruturas importantes do coração como as valvas cardíacas, necessitando de tratamentos prolongados com antibióticos e, até mesmo, cirurgias em casos específicos.
Existem ainda alguns estudos relacionando a possibilidade de más condições bucais também estarem relacionadas a doenças cardíacas, como infarto e pneumonia. No caso dos diabéticos, o sinal vermelho para a má higiene da boca é ainda maior. Isso porque o diabetes provoca alterações vasculares sérias, que podem ser agravadas por doenças de origem oral, como a gengivite crônica.
Alimentos muito quentes e duros, quando mastigados, também podem provocar lesões no tecido gengival, favorecendo a adesão de micro-organismos, por isso a higiene oral, após as refeições é tão importante.
Quem corre risco?
Pacientes com problemas crônicos como gengivite ou doença periodontal avançada têm maior risco de desenvolver doença cardíaca causada por saúde bucal precária, principalmente se ela não for diagnosticada e não for tratada. As bactérias associadas com a periodontite estão na boca e podem entrar na corrente sanguínea onde se fixam aos vasos sanguíneos e aumentam o risco de doença cardiovascular. Mesmo que você não tenha inflamação aparente na gengiva, a higiene bucal inadequada e a placa acumulada podem resultar em doença periodontal. Isto pode aumentar o risco de doença cardíaca e AVC.
Hábitos de higiene adequados com escovação dos dentes e língua, utilização do fio dental e antisséptico bucal, após as refeições, e visitas regulares ao cirurgião dentista contribuem para uma vida saudável e consequente diminuição de risco de doenças do coração.
9. MÚSICA
Eu, Ivan Lucas Picone Borges dos Anjos, Coordenador de Pesquisa da AAC, acredito que MÚSICA faz bem ao coração.
Por quê?
Sabia que a música pode trazer muito mais benefícios além de trazer à tona lembranças e saudades e sentimentos profundo ao ouvi-las? Elas são capazes de estimular várias regiões do nosso corpo e inclusive aumentar a produção do hormônio endorfina, responsável por aumentar a sensação de bem-estar e relaxamento. É capaz também de melhorar a memória e a atenção, muito utilizada por estudantes e pessoas que precisam se concentrar por longos períodos de tempo. Ajuda a controlar ansiedade, desacelera os batimentos cardíacos, reduz a pressão arterial e é capaz de aumentar a recuperação de doenças arteriais coronarianas, melhorando a função endotelial.
A música já tem sido utilizada para ajudar na terapia de pacientes crônicos, crianças e adultos com deficiências cognitivas, e portadores de necessidades especiais. Ela é capaz de reduzir a sensação de dor crônica de um paciente assim como a osteoartrite, aumenta a capacidade de atuação do sistema imunológico e é também capaz de reduzir os sintomas de depressão em 25% . Pode auxiliar na recuperação do AVC e também auxiliar em anestesiar e reduzir as medicações para dor durante o parto e no pós-operatório de algumas cirurgias.
Claro que não podemos esquecer da música no esporte. Capaz de reduzir a fadiga e aumentar o desempenho físico, força, resistência e ritmos em atividades que precisam ser ritmadas. Quem nunca correu mais alguns minutos quando começa a tocar aquela música boa no fone?
A música também é capaz de aumentar o aprendizado cognitivo, criatividade e a reprogramação do cérebro de forma positiva, reduzindo a probabilidade de demência e aumentando as chances de recuperação após dano cerebral.
A música é vital para o desenvolvimento humano e todos devemos escutá-la, de acordo com os gostos e peculiaridades de cada um existem músicas para todos os gostos e seu coração merece esse agrado!
10. ARTE
Eu, Sthefania Sad Silva Ferreira Rodrigues Fruet, Coordenadora de Pesquisa da AAC, acredito que ARTE faz bem ao coração.
Por quê?
Acredito que usufruir da arte na sua maior amplitude não faz bem apenas para o coração mas sim para todo o corpo e alma.
A arte não pode ser observada apenas nas galerias e museus, existe arte em todos os lados, em todos os locais.
Cabe a nós termos a sensibilidade de reconhecer e valorizar o artista. Treinar o olhar, e aproveitar.
Isso serve para música, cinema, teatro, pintura... Existem inúmeros tipos e cada um tem a sua importância no universo.
Conhecer novas formas de expressão, novos conceitos é incrível, e transmite paz e gera boas sensações.
Cuidar da saúde do coração é importante e deve ser feito em todos os aspectos, inclusive alimentando-o com arte!
11. CONTROLAR O PESO
Eu, Patrícia Fraga Paiva, Coordenadora de Extensão da AAC, acredito que CONTROLAR O PESO faz bem ao coração.
Por quê?
A prevalência de indivíduos com sobrepeso ou obesidade aumentou progressivamente nas últimas décadas e atingindo proporções epidêmicas em muitos países ocidentais.
A obesidade é a segunda principal causa de morte evitável nos países desenvolvidos, trás apenas do tabaco. Nos EUA, quase 130 milhões de pessoas estão acima do peso, quase 80 milhões são obesos e quase 10 milhões têm obesidade grave.
O aumento da prevalência de obesidade dos tipos moderada e grave pode resultar em declínio da expectativa de vida e como fonte dessa preocupação, recursos financeiros e humanos têm sido direcionados para a prevenção e tratamento dessa doença em todo o mundo.
A obesidade contribui para a gravidade dos fatores de risco associados às doenças cardiovasculares como a doença coronária, o aumento da pressão arterial, a dislipidemia, além da síndrome metabólica e diabetes mellitus tipo 2. Indivíduos com excesso de peso ou obesidade são mais propensos a desenvolver doenças cardiovasculares como hipertensão, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca (IC) e fibrilação atrial.
Em adultos, a obesidade produz mudanças hemodinâmicas repercutindo em alterações morfológicas cardíacas, pode evoluir com comprometimento diastólico e sistólico funcional do ventrículo esquerdo e direito. Essa consequência será mais pronunciada naqueles com obesidade em grau mais grave. Essas alterações também foram descritas em crianças e adolescentes com obesidade. Além do aumento da pressão arterial e hipertensão arterial pulmonar. Ainda poderemos observar hipertrofia do VE (excêntrica e concêntrica), aumento dos níveis de proteína C-reativa no sangue, sobreexpressão do fator de necrose tumoral.
A educação preventiva da saúde cardiovascular e os dados apurados em pacientes que adotaram novos hábitos de vida demonstram que a perda de peso, especialmente quando acompanhada por aumento da atividade física e treinamento de exercícios, levam a um prognóstico ainda melhor.
12. DIMINUIR O SAL
Eu, Thiago Guimarães Teixeira, Coordenador de Extensão da AAC, acredito que DIMINUIR O SAL faz bem ao coração.
Por quê?
O sódio é um dos componentes do sal de cozinha. O corpo precisa deste mineral para manter o equilíbrio da água no organismo e ajudar na condução de estímulos nervosos e na contração muscular. Porém, o consumo excessivo aumenta o risco de doenças como HAS, doenças cardiovasculares e renais.
O excesso do sódio faz com que as células retenham líquidos. Esse desequilíbrio aumenta o volume do sangue nas artérias, provocando a elevação da pressão sanguínea, ou seja, o coração tem que bater com mais força para fazer o sangue circular. A HAS é uma doença silenciosa e muitas pessoas vivem sem saber serem portadoras dessa condição, até que surjam problemas mais sérios como o acidente vascular encefálico (AVE), o infarto agudo do miocárdio (IAM) e a doença renal crônica (DRC).
A OMS recomenda o consumo de até 2g de sódio por dia, mas as pessoas no Brasil consomem, em média, duas vezes mais que o recomendado. A maneira mais fácil de reduzir o consumo de sal é dando preferência por alimentos frescos e temperos naturais, além de manter o saleiro longe da mesa.
13. ENSINAR
Eu, Jonathan Augusto Venceslau Lima, Coordenador de Ensino da AAC, acredito que ENSINAR faz bem ao coração.
Por quê?
Ao passarmos nosso conhecimento adiante somos agentes de mudança na vida de indivíduos ou de uma comunidade que pode nos proporcionar uma sensação de bem-estar. Se lembrarmos de que para ter um coração saudável são necessários, dentre outros cuidados, momentos de alegria e bem estar, isso já é muito benéfico.
Ao ensinar nos sentimos úteis, aumentamos nossa autoestima e ficamos menos expostos a depressão. Sendo que estudos demonstram que indivíduos acometidos por depressão têm um risco de cardiovascular aumentado. Ao ensinar colocamos a prova àquilo que aprendemos e o que também nos foi passado. Podemos rever nossos conceitos, aprimorar e ir atrás de mais informações podendo ser fonte de constante dedicação e aprimoramento pessoal. Contribuindo ainda mais com nossa qualidade de vida e consequentemente a saúde do coração.
Em alguns casos mudamos até nosso jeito de pensar e agir. Podemos aprender coisas que não são do nosso universo e descobrir um mundo novo com as pessoas que se interage nesse processo de aprendizagem. Nosso coração pode passar a bater mais forte por outros desafios, outros lugares a conhecer e outras culturas a explorar.
Ao ensinar podemos salvar o coração e consequentemente a vida das pessoas, pois, podemos passar conhecimentos básicos, fundamentais para uma situação de emergência como um IAM(Infarto Agudo do Miocárdio) . Um exemplo disso é o BLS (Basic Life Support), pois, ao ensinarmos a leigos identificar uma situação de emergência, como chamar ajuda adequada e ressuscitação cardiopulmonar melhoramos muito a chance desse paciente que sofreu uma parada cardíaca conseguir sobreviver.
Além disso, nós, da área da saúde, convivemos com pacientes a todo o momento. Somos por consequência educadores. Precisamos ensinar o que se deve fazer para que haja uma vida saudável para nossos pacientes. A importância do exercício físico e de uma dieta balanceada, por exemplo, ao fazermos isso, estamos vendo as reações e dificuldades das pessoas em realizar tais orientações o que pode nos fazer refletir que cada um tem sua dificuldade pra realiza-las, inclusive nós. Porém, vemos também na prática as coisas graves que pode acontecer com os indivíduos que tem uma vida sedentária e consequentemente isso é mais um estimulo para termos uma vida saudável e cuidar bem do nosso coração.
14. LER
Eu, Patrícia Pampuri Lopes Peres, Coordenadora de Ensino da AAC, acredito que LER faz bem ao coração.
Por quê?
A leitura apresenta múltiplos benefícios, alguns comprovados cientificamente. Entre os benefícios que a leitura proporciona está uma melhora da qualidade do sono, ou seja, ler alguns paginas antes de dormir auxilia tanto você a iniciar o sono quanto a ter um sono mais tranquilo. Afinal, nada melhor que ler um romance e sonhar com o livro!
Ler reduz o stress, sendo comprovada cientificamente pela Universidade de Sussex, onde apenas seis minutos de leitura diária são mais eficientes até do que ouvir música ou caminhar para reduzir o stress. Outros benefícios que a leitura nos traz estão voltados mais para área emocional, como um estudo da Universidade do Estado de Ohio no qual, quanto mais você se identifica com um (ou vários) personagem na leitura, muito maior é a chance de você tomar ações na vida, ou seja, nós aprendemos e reconhecemos onde devemos evoluir por meio dos livros. Também estimula o aprimoramento do sentimento de empatia. Sendo portanto, uma ferramenta essencial para crescimento e manutenção da saúde emocional.
Um estudo da Universidade Emory demonstrou a melhora da atividade cerebral por dias, através da leitura. Ler também é uma ferramenta para prevenção contra Alzheimer e Demência e ainda por cima melhora a memória.
Mas você está se perguntando: o que tudo isso tem a ver com o coração? Pois bem, pare e pense, uma dos fatores de riscos para doenças cardiovasculares (DCV) é o stress, sendo assim, a leitura seria uma forma de prevenção contra DCV. Outro fator de risco é o distúrbio do sono, pois ele prejudica toda a dinâmica hormonal, ocasionando reflexos negativos no coração, portanto ler auxilia mais uma vez na prevenção contra DCV.
Em conclusão, ler só nos trás benefícios, seja emocional, cardiovascular ou em outros órgãos e é claro nos distrai, relaxa e estimula a nossa imaginação e crença em um mundo melhor. Portanto, seja como forma terapêutica ou apenas por simples diversão leia!
Escrito por uma apaixonada por livros e por cardiologia. Boa leitura!
15. VOLUNTARIADO
Eu, Bianca Alves de Miranda, Coordenadora de Estágio da AAC, acredito que VOLUNTARIADO faz bem ao coração.
Por quê?
As Nações Unidas definem o voluntário como "o jovem, adulto, ou idoso que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos (...)". Diante disso, a ideia de altruísmo e de solidariedade surge como a base do voluntariado, que envolve o ato de se dedicar ao outro sem esperar ter de volta qualquer recompensa que não o bem-estar da ação feita.
Ao trazermos o voluntariado para o cenário da medicina, temos diversas organizações engajadas no serviço voluntário que visam diminuir a dor e o sofrimento de enfermos em condições terminais ou de pessoas em localidades carentes que foram vitimas da falta de assistência prévia. O sofrimento que uma doença causa ao doente e à família por vezes não pode ser atenuado pelo tratamento medico convencional, mas um estender de mãos e um carinho genuíno, envolvido no voluntariado, podem ser o melhor tratamento para estas pessoas.
Neste contexto, o que melhor do que ajudar ao próximo pra acalentar o coração do que a prática deste bem? A energia envolvida no bem das ações voluntárias iluminam os corações de quem as recebe e as pratica. Há pessoas ajudadas que apenas precisavam de um apoio, um ouvido ou um sorriso, e há os que ajudam e que se curam de valores medíocres e de curam as ansiedades do seu coração.
O coração, que ainda é um órgão misterioso em geral, sempre foi considerado a janela da alma. Sendo assim, quando a alma está enriquecida pelo bem do voluntariado, o coração enriquece, passa a estar nutrido de amor pelo próximo e gratidão pela vida.
16. VIAJAR
Eu, Marcelo dos Santos Cruz Júnior, Coordenador de Estágio da AAC, acredito que VIAJAR faz bem ao coração.
Por quê?
Quando uma pessoa planeja uma viagem ela busca novas experiências, sair da rotina de um trabalho estressante, de tarefas diárias ou apenas enfrentar e desbravar uma nova cultura.
Com isso, ao imergir em seu passeio ela pode deixar para trás tudo que faz mal ao seu coração, tudo que o faz trabalhar mais rápido e se ligar apenas nas boas energias de um local que a trará lembranças positivas para o resto da sua vida. Lembranças essas que podem ser desde uma imagem da natureza, o aroma de um jardim, a sensação da areia nos pés, o sabor daquele prato delicioso ou ver o sorriso das pessoas que amamos...
É um momento único de divertimento, de oportunidade para se aproximar de sua família e estar em contato com a natureza. Todas essas são situações que liberam neurotransmissores benéficos ao nosso corpo e, principalmente, ao coração.
Portanto, viaje muito, viaje o máximo que puder e cuide de seu coração se liberando momentaneamente das situações estressantes e se aproximando das que te fazem bem, acalmam e dão prazer. Dessa forma, estará contribuindo com seu bem-estar físico e mental e, consequentemente, cuidando do seu coração.
17. DIETA CARDIOPROTETORA
Eu, Eduardo Rodrigues Mota, Coordenador Multidisciplinar da AAC, acredito que DIETA CARDIOPROTETORA faz bem ao coração.
Por quê?
É sabido que a dieta é uma das melhores formas de cuidar da saúde, daí surge o ditado “você é o que você come”. Vivemos em um momento em que há uma popularização das dietas que são mais saudáveis como as “fitness”, “lowcarb”, “proteína”, entre outras. Mas esse momento, apesar de ter um teor positivo, merece reflexão: Até que ponto essas dietas impactam positivamente nossas saúde?
Há a preocupação dos profissionais em preservar a saúde, em especial dos cardiopatas, ainda mais levando em consideração que as cardiopatias são um dos maiores problemas de saúde no Brasil e no mundo. Doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são a principal causa de morte da população brasileira. Segundo números de 2011 da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 33% dos óbitos no país são decorrentes desses problemas. Com dados tão alarmantes, nunca é demais falar sobre o coração.
A dieta cardioprotetora é composta por nutrientes cardioprotetores distribuídos de forma equilibrada e de acordo com as necessidades de cada indivíduo, priorizando os alimentos mais comuns e acessíveis aos brasileiros. Entre eles, o consumo de frutas, verduras e legumes. As refeições privilegiam o alto teor de fibras, a baixa densidade de energia e o equilíbrio entre as gorduras poli, monoinsaturadas, saturadas e o colesterol. Com isso, a dieta cardioprotetora busca impactar a saúde do paciente cardiopata de forma a di- minuir índices glicêmicos, reduzir valores pressóricos e colesterol.
É necessário levar em consideração que os cardiopatas são pacientes que necessitam de atenção multidisciplinar: médico, nutricionista, enfermeiro, psicólogo. Todos o componentes são relevantes para potencializar a possibilidade de melhora de cuidado desse paciente. Ainda mais se tratando de uma doença previnível e tratamento facilmente alcançável.
18. PET TERAPIA
Eu, Isabela Corrêa Cavalcanti Sá, Coordenadora Multidisciplinar da AAC, acredito que PET TERAPIA faz bem ao coração.
Por quê?
A Terapia Assistida por Animais (TAA), ou Pet Terapia, é terapêutica suporte para inúmeros tipos de doenças de amplas naturezas e afirmativamente comprovada como variável promotora de bem estar físico, mental e social em pacientes que podem ser dos mais simples aos em cuidados paliativos em instituições de caráter complexo de atendimento.
Esse processo aparenta modernidade e novidade para a humanidade, porém não é um fato de todo verdadeiro. Há evidências, datadas do século IX, na Bélgica, justamente sobre o uso bichinhos de estimação e animais domesticados em cuidados de pessoas com algum tipo de deficiência. No Brasil, em feliz coincidência, exitem igualmente registros de tentativas nacionais de usufruto de “pets” também com tais prerrogativas. Esse episódio foi alocado no hospital psiquiátrico Dom Pedro II, em Engenho Dentro, no Rio de Janeiro.
Estudos atuais vem reafirmando os benefícios da Pet Terapia em grande parte dos centros orgânicos do ser humano. Proteção contra alergias, socialização, alívio do estresse, redução da pressão arterial, combate à depressão, elevação da autoestima, liberação de “hormônios da felicidade”, incentivo à prática de atividades físicas, diminuição da solidão e senso de responsabilidade tipificam vantagens de ter um animalzinho próximo rotineiramente para o funcionamento pleno do organismo, como das estrutruas cardíacas.
A relevância desse tema cresceu tanto que, hoje, há encontros, simpósios e eventos similares onde a TAA é discutida nas suas peculiares facetas e novidades são explanadas e apresentadas ao público interessado. A exemplo disso, em 2017, na cidade do Rio de Janeiro, foi sediado o III Encontro da REATAA - Rede Nacional de Atividade, Terapia e Educacão Assistida por Animais e o IV SINTAA - 4º Simpósio de Atividade, Terapia e Educação Assistida por Animais, eventos de grande repercussão nesse meio e que são geradores de conhecimento e ganhos nessa temática pet.
Por fim, acredito que a TAA faz bem ao coração. Não somente pelo que eu tenho como crença pessoal, mas pelas pesquisas também, que comprovam meu ponto de vista positivo acerca disso. Logo, pegue seu bichinho ou, caso não tenha, adote um e vá fazer o bem a si mesmo(a) e, por consequência, de outra vida adorável e companheira que lhe fará apenas o bem!
19. AVALIAÇÃO CARDIOLÓGICA
Eu, Lívia Liberata Barbosa Bandeira, Coordenadora Multidisciplinar da AAC, acredito que AVALIAÇÃO CARDIOLÓGICA faz bem ao coração.
Por quê?
Cuidar do coração é cuidar do corpo e da alma.
A avaliação cardiológica permite conhecer melhor a nossa própria maquinaria. Você sabia que a sua máquina tem a capacidade de compensar a instalação de doenças crônicas por um bom tempo? Além disso, sabia também que por isso as doenças do coração são silenciosas e sem alerta? A Organização Mundial de Saúde (OMS) cita a própria doença cardiovascular como a principal causa de morte no mundo.
Em média, esse seu órgão muscular tem um ritmo de 72 batidas por minuto, o que significa que ao longo da vida ele vai pulsar em torno de 2,5 bilhões de vezes para distribuir sangue cerca de 75 trilhões de células diariamente. Isso faz com que o seu coração atue de forma a se manter da melhor forma para o funcionamento do seu corpo.
Diante disso, que tal fazer avaliar esse órgão tão importante uma vez por ano? Não existe contraindicação para essa atividade e, através dela, você poderá conhecer mais sobre a própria saúde e a saúde do seu coração, sabendo que todos os exames são indolores e sem demora. Vamos cuidar do coração?