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Matéria Especial

Ablação por radiofrequência

por Gustavo Adolfo Kuriyama Massari  

Coordenador de Mídia da AAC

  • O que é Ablação por Radiofrequência Termocontrolada por Computador?

 

Trata-se de uma microcoagulação feita com energia de radiofrequência aplicada com catéteres especiais nos focos das arritmias mapeados pelo estudo eletrofisiológico. Um computador faz o ajuste permanente da quantidade de energia que o aparelho aplica no coração, para que a temperatura sentida pela ponta do cateter seja constante e para que não ultrapasse os limites de segurança. A ablação termocontrolada é o método mais seguro de tratar as arritmias cardíacas, de forma definitiva. Dessa forma a recuperação é muito rápida e o paciente pode sair do hospital após 24 a 48h. O procedimento é totalmente indolor.

  • Qual a sua finalidade?

 

É um tratamento definitivo com o objetivo de curar as arritmias cardíacas. Desta forma, além de eliminarmos os sintomas e o risco da doença o paciente não mais necessita do uso contínuo de medicamentos, ficando livre dos seus efeitos colaterais e dos custos mensais para a sua compra.

  • Quando é indicada?

 

A maior parte das arritmias cardíacas pode ser curada com a ablação por radiofrequência. Desta forma, os pacientes com arritmias de alto risco, os que respondem mal ao uso de medicamentos ou os que necessitam altas doses para controle são os mais beneficiados. As arritmias de baixo risco também podem ser eliminadas principalmente nos casos com alta probabilidade de sucesso. Podem ser tratadas por este método as taquicardias supraventriculares e as taquicardias ventriculares. Extrassístoles frequentes e sintomáticas também podem ser curadas. Atualmente, melhorias nos equipamentos de mapeamento permitem tratamento com elevado índice de sucesso da fibrilação atrial, uma taquicardia supraventricular específica que tem elevada incidência na população.

  • Como é feito?

 

O paciente é preparado e conectado a vários monitores (polígrafo computadorizado, aparelhos automáticos de medida de oxigênio, gás carbônico, pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória). Serão aplicados medicamentos através do soro previamente instalado. Além da anestesia endovenosa é feita anestesia local. Através de punções de veias e eventualmente de artérias nas regiões inguinais, são introduzidos eletrodos que chegam às cavidades cardíacas guiados por radioscopia (Raios X). Esses catéteres captam os sinais gerados pela atividade elétrica do coração, que são registrados em aparelhos especiais. Isto permite que se identifiquem os pontos responsáveis pela origem ou pela manutenção das arritmias. Utilizando-se um catéter especial (dotado de termístor e com dirigibilidade externa) se faz a aplicação de radiofrequência nos locais selecionados. A duração da ablação é variável, dependendo de cada caso. Ao término dos procedimentos, é feita compressão no local da punção e aplicado um curativo compressivo sem a necessidade de pontos. Neste momento, utilizando-se medicamentos específicos a anestesia é interrompida.

  • Quais são os riscos?

 

O estudo eletrofisiológico e a ablação por radiofrequência são considerados métodos seguros, mas, como todo procedimento médico, eventualmente podem ocorrer algumas complicações. Apesar de se utilizar uma quantidade reduzida de raios X não se recomenda a realização durante a gravidez. Em casos de extrema gravidade, pode ser realizado em grávidas com cuidados especiais. Algumas complicações possíveis são: hematoma, trombose, infecção e bloqueios.

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