Matéria Especial
Atualizações na Diretriz de Pressão Alta coforme a American Heart Association
por Lorena Bretas
Associada da AAC
Em 2017, American Heart Association (AHA) em conjunto com American College of Cardiology (ACC) lançaram a nova Diretriz - Guideline for the Prevention, Detection, Evaluation, and Management of High Blood Pressure in Adults. Apesar de abordar diversos tópicos, o foco principal consiste na necessidade de se realizar uma aferição adequada da pressão arterial. Refuta erros básicos que devem ser abolidos como: posição do braço do paciente, utilizar o manguito adequado ou esperar para realizar a uma nova aferição, uma vez que esses erros podem gerar falsos positivos.
Conforme os hábitos alimentares, a diretriz recomenda a ingesta de <1500mg de sódio por dia. Antes, o limite era de 2000 mg de sódio por dia, sendo um causador de dúvidas, uma vez que estudos ressaltam que valores inferiores a 2400mg apresenta
m alterações mínimas no controle da pressão arterial.
É de suma importância ressaltar que ao contrário das diretrizes anteriores, a diretriz de 2017 enfatiza a estratificação, sendo esta modificada. É definida como pressão arterial normal, < 120/80 mmHg; pré-hipertensão, PAs, 120-129 mmHg, PAd <80 mmHg. Hipertensão tipo 1.
Espera-se que a redefinição dos valores associados a redução dos riscos cardiovasculares irão determinar intervenções precoces e um maior decréscimo dos efeitos cardíacos secundários a patologia. Entre os adultos nos EUA a prevalência geral de hipertensão foi de 31,9% segundo a definição anterior, e é de 45,6% de acordo com a nova diretriz A.H.A e A.C.C (2017). De forma similar a taxa de controle caiu de 61% para 46,6% ( novo alvo : 130/80 mmHg).
Para saber mais sobre a Diretriz de 2017 da AHA e ACC, não deixe de conferir a versão completa:
Referências:
• BAKRIS, G.; SORRENTINO, M.; Redefining Hypertension - Assessing the New Blood-Pressure Guidelines; NEJM, v. 378, p. 497- 499, 2018.
• TALER, S.J; Initial Treatment of Hypertension; NEJM, v. 378, p. 636-644, 2018.
• J AM COLL CARDIOL, 2017, DOI: 10.1016/j.jacc.2017.07.745.